Mensagem enviada em 20/04/2020 pela nossa Tia Vera.

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Meus queridos filhinhos do coração,

 

             Antes de tudo, temos de render graças a Deus. Sabemos que, antecipadamente a tudo o que nos acontece, individual e coletivamente, a Misericórdia de nosso Pai Criador banha-nos de graças, independentemente de sermos capazes de percebê-las. Logo, em primeiro lugar, aprendamos a agradecer à vida, às circunstâncias e a tudo o que a Lei de Deus preparou para nós.

             Meus amores,

             Como é bom poder escrever-lhes, comunicar-me com vocês e compartilhar reflexões. Não são apenas vocês, meus queridos, que sentem saudade de uma época passada, do cotidiano anterior, das rotinas outrora habituais e do contato físico. A condição de desencarnada nos fornece todas essas experiências. Abre-se, para quem desencarna, uma imensa oportunidade de aprendizados novos, de valorização do que fora vivido e de renovação das esperanças para o que aspiramos a viver. É assim com todos e, na atual circunstância, tem sido assim com vocês. De todas as experiências podemos retirar, se quisermos, aprendizados fundamentais. Como nos diz a palavra inspirado da Sabedoria: “nada há de novo debaixo do sol”.

             Tenho recolhido, com muito respeito e afeto, as lágrimas que chegam a nós. Pela bondade de muitos de vocês, enviam-nos pensamentos de agradecimento, de pedidos de socorro, de compartilhamento das experiências e contam-nos, como num confessionário à distância, pelos pensamentos, os desafios vividos na intimidade dos lares. Obrigada pela lembrança de me incluir em seus pensamentos. Tenham certeza de que a Caravana de Amor de Nossa Excelsa Rainha, Maria, mãe de Nosso Senhor, acolhe a todos vocês, com o poder e a capacidade de ação condizendo com o grandioso espírito que caracteriza nossa mãe. Sob seu comando magnânimo, legiões de tarefeiros visitam lares, buscam providenciar recursos materiais aos necessitados, acolhem angústias e ninam os sonhos mais legítimos de cada um que, no recanto de seus lares, oram e entregam o coração ao Alto. É uma enorme falange – os obreiros de Maria e do Senhor – debruçando-se sobre o mundo.

             Testemunho que nossa querida Casa, com seus inúmeros departamentos, estão vinculados pelo afeto e pelo elo espiritual a essas portentosas falanges do bem, do amor e da paz. Os inúmeros núcleos, cada qual com sua própria necessidade, são igualmente caros aos nossos amados Guias Espirituais. Visito nossa amada Escola, no cume da Rocha forte e robusta, e sinto o quanto a ela se somam os melhores pensamentos, de vocês, encarnados, junto ao de muitos tarefeiros desencarnados, compondo uma harmoniosa confluência mental. Visito nossas atividades do Rita, e o mesmo se dá: auxílios magnéticos à distância, a todos os de que necessitam e que estejam abertos para receber os benignos fluidos; auxílio intelectual, cooperando com vocês no adequado discernimento das Leis de Deus. E são os elos mentais de encarnados e de desencarnados que promovem a potência dessas ações. Alegra-me, particularmente, ver o quanto muitos de vocês, encarnados, buscam manter um coerente pensamento de união, a favor da Casa, a favor da Causa Cristã, a favor de nosso amado Planeta, apesar da distância física dos espaços de trabalho espiritual a que estavam afetos. Vejo-lhes compreender melhor e valorizar o próprio poder mental. É contando com esse elo e com o suporte dos melhores pensamentos que emanam da terra, que as falanges de Maria percorrem as ruas, os hospitais, os asilos, os presídios, os cemitérios e os lares, pois onde houver dor, é para onde a Mãe Santíssima é atraída.

             Filhinhos,

             “Sede Corajosos”, como nos ensinou Jesus. “Sede Corajosos” para viver a vida, dentro das condições de provas que lhes são apresentadas. É a hora de unir os pensamentos em torno do bom, de vigiar os sentimentos, de atentar-se, cuidadosamente, para o que de nós exala mentalmente. É o rico momento em que todos somos conclamados, cada qual em uma circunstância particular, a fazer aprendizados cotidianos que nos coloquem, a todos, avante, para cima, para o alto, para a busca da compreensão da Vontade de Deus.

             Rapidamente aprendi, no Mundo Espiritual, que a saudade de que lhes escrevia pode ser atenuada com gestos de delicadeza mental: é a possibilidade da comunicação entre as almas. Busquemos nos comunicar espiritualmente e também busquemos nos comunicar com o outro, o próximo, busquemos acompanhar as jornadas e desafios dos companheiros, busquemos nos integrar como uma só família que mutuamente se apoia.

             Desse mundo que lhes escrevo – ouso dizer, desse nosso mundo, porque eis-me aqui e aí,  em comunhão, envio-lhes os meus melhores pensamentos e os meus mais carinhosos sentimentos. Inscrevo-me, pela Misericórdia que Deus me concede, nas fileiras de ação coordenadas, em níveis mais altos, por nossa amantíssima Mãe. Integrem-se, queridos, integrem-se, em pensamento e ação, ao coração de nossa Mãe Santíssima e, juntos, ultrapassaremos em nós mesmos os mais difíceis momentos e as mais complexas dores que brotem em nossa alma.

             São tantos os amigos espirituais que lhes enviam o abraço amigo. Para ser breve, cito nossa querida Evany e nosso querido Altivo, amigos do coração de todos nós, bem como menciono nossos amigos e orientadores Antônio de Aquino e Dr. Hermann.

             Filhinhos, que alegria é poder lhes escrever. Que essa minha palavra soe no coração de vocês com a mesma ternura quando soa em meu coração suas afetuosas lembranças.

             Muito carinho maternal,

             Da amiga,

             Vera. 

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Josue 2020

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Mensagem enviada em 13/04/22 por Jouse.

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Estava a caminhar há dias pelas estradas empoeiradas da Judéia. Recebera irrecusável exortação para estar em Jerusalém em data específica e sabia em seu íntimo que devia ir. Uma visão de um levita havia lhe chegado em sonho, convocando-o para estar na Cidade Santa para os festejos da Páscoa. Ao acordar, entre surpreso e impressionado, e, sem muito questionar, começou a tomar as providências para a inusitada viagem. A única certeza que tinha era a de que precisava ir.

Organizou as provisões, preparou o seu burrico e, estando tudo pronto e a contento, partiu rumo a Jerusalém. A viagem duraria alguns dias, pois Natanael seguia à pé. Não sabia exatamente os motivos daquilo tudo. Sabia apenas que havia uma urgência em atender à orientação que lhe chegara em sonho.

Enquanto caminhava por aquelas estradas tão antigas, por onde certamente muitos viajores haviam passado movidos pelos mais variados motivos, Natanael ia pensando consigo sobre as imponderáveis razões daquela viagem. Se tivesse contado a quem quer que fosse sobre o que lhe havia ocorrido em sonho e que aquela era a razão por estar a caminho da Cidade Santa, certamente o tomariam por louco. Explicou apenas que ia a Jerusalém para a celebração da Páscoa, sem maiores detalhes ou explicações.

Atravessou várias encruzilhadas, mas algo dentro dele sempre lhe dizia qual direção tomar. Parecia-lhe que poderosa voz interior o guiava. E assim, avistou a cidade após dias de caminhada, e aquela visão o impressionou sobremaneira. Muitas pessoas chegavam à cidade também. Juntou-se àquela multidão de peregrinos, caminhando em direção aos portões de Jerusalém. Ao entrar na cidade, buscou estalagem modesta, acomodando-se em singelo aposento após deixar seu burrico para descansar e se alimentar na estrebaria.

Na manhã seguinte, foi acordado por suave batida à porta de seu quarto. Eram dois homens em trajes simples e de olhos muito vivos e alegres que lhe solicitavam o burrico por algumas horas. Mais uma vez, apesar do inusitado das circunstâncias – ceder o seu burro para estranhos – Natanael não hesitou, e a mesma força que o havia impelido até ali o fez aquiescer imediatamente, mesmo sem entender muito bem as misteriosas energias presentes à sua volta desde o sonho que tivera.

Seguiu com os dois homens para a estrebaria, cedeu-lhesseu burrico e pediu humildemente que o deixassem acompanhá-los. Precisava entender por que aquelas forças o tinham conduzido àquela situação totalmente diferente de tudo o que conhecera até então. Os homens aquiesceram com um largo e enigmático sorriso. Parecia-lhe que eles entendiam o que Natanael não conseguia compreender, por mais que tentasse.

Ao chegarem em determinado local, ficou de longe a observar. Os dois homens conduziram seu jumento em direção a um grupo e, quando chegaram, todos se alegraram. Um deles, que se destacava dos demais pelo seu porte e beleza, montou no seu jumento e todos entraram em Jerusalém. Natanael seguia o estranho grupo, agora mais de perto. As pessoas saudavam com entusiasmo o belo homem sobre o burrico. A alegria de todos era contagiante e Natanael foi invadido por emoções indescritíveis. Procurou saber entre o povo à sua volta a quem todos saudavam tão alegremente.

– É Jesus! É o Mestre! É o Messias!

Quis saber mais sobre aquele homem que o atraía incondicionalmente. Passou o resto do dia perguntando sobre ele e ouviu muitas histórias maravilhosas e tocantes sobre seus atos e seus ensinos preciosos. O coração de Natanael foi-se acalmando e sentiu-se invadido por suave e cálida sensação de amor.

Acompanhou de longe todo o desenrolar dos acontecimentos daqueles dias, até à morte do profeta. Sua figura e tudo o que ouviu a seu respeito o impressionara profundamente. Percebia que agora nada mais importava a não ser saber mais e mais sobre Jesus de Nazaré. Emprestara seu jumento para que Jesus entrasse em triunfo em Jerusalém e depois ser conduzido à morte na cruz. Agora compreendia toda a convocação. Relembrou o sonho, as deliberações para a viagem, as certezas de origem incerta. Fora conduzido a Jerusalém para servir ao Senhor Jesus! E seu animal havia sido apenas o motivo para que ele chegasse até o Mestre!

Assim, queridos, na vida de todos nós. Estamos sendo convocados com o que temos de nós para que o Cristo triunfe no mundo. Aprendamos a ser dóceis diante do Seu convite e sigamos, oferecendo-lhe o melhor de nós na vida, para que todos a tenham em abundância.

Guiados e convocados somos todos os que ardentemente desejam segui-Lo! E Ele se utiliza sempre de nossas pequenas contribuições, ofertadas com a sinceridade profunda de nossas almas, mesmo que seja apenas um jumento, para realizar maravilhas no mundo, como só a Ele é dado realizar!

 

Paz,

Josué